domingo, 22 de janeiro de 2012

Prefeitura e UFF debatem Universidade Pública e Complexo Tecnológico

No dia 18, a Prefeitura de Cabo Frio, através da Coordenadoria Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Universitário, realizou às 10h, na sala de reuniões da Coordenadoria, na Prefeitura do Braga, um encontro para a apresentação do projeto preliminar de instalação do Complexo Tecnológico e Universitário da UFF em Cabo Frio.

Foram recebidos pelo coordenador da pasta, Prof. Paulo Cotias: Moacyr Domingues Figueiredo, professor do curso de Produção de Engenharia da UFF – Polo Rio das Ostras, além da Prof.ª Iara Tammela e do Prof. Rodolfo Cardoso, do mesmo curso; Carlos Eduardo Lopes da Silva e Ramon Narcizo, pesquisadores do LEI - Laboratório de Empreendimentos Inovadores da UFF; André Lemos, aluno do curso de Engenharia – Polo Rio das Ostras e apresentador do projeto.

Também compareceram: Bené Ribeiro, presidente da UNI-Amacaf e do CCS-Cabo Frio; Fernando Quinto, empresário, diretor  de Inovação do Centro de Negócios de Cabo Frio; Prof.ª Fernanda Pereira Barbosa; Claudia Ennes, assistente social da Secretaria Municipal da Criança e do Adolescente; e Matheus Avilino, presidente da Associação Estudantil de Cabo Frio.

Abrindo a reunião, o Prof. Paulo Cotias destacou a importância da iniciativa da UFF:

- Este projeto está se tornando algo que para nós, uma vez se tornando realidade, trará benefícios não só para Cabo Frio, mas para a região como um todo. Atualmente discute-se muito aqui, em vários setores da cidade, a necessidade de novas vagas, a necessidade de ampliar a formação profissional e, especialmente, a necessidade de gerar novos empregos e novas possibilidades de ganhos econômicos, tendo em vista a instabilidade de uma das nossas principais receitas, o royalty. Esta instabilidade pode e deve ser superada por meio de ações que se transformem realmente em vetores definitivos de desenvolvimento.

Destacando que a apresentação do projeto, que te várias etapas, seria uma preliminar, o coordenador ressalvou que esta pré-proposta já foi debatida junto à Chefia de Gabinete da Prefeitura, entre outras discussões envolvendo equipe da Ciência e tecnologia e o empresariado local. A meta, de todos, é que este projeto venha a acontecer dentro do ritmo de implementação adequado à sua efetiva realização.

Para Bené Ribeiro, o projeto tem um caráter altamente promissor dentro das propostas que apresenta:

- Estou aqui para prestar o nosso apoio a esta iniciativa, como representante de diversas Associações de Moradores. E para poder passar, para os presidentes das Associações, a proposta da UFF referente a este Centro Tecnológico. Temos cinco universidades aqui, como foi citado na palestra, e a presença da UFF trará mais um polo para a formação de profissionais. Vamos analisar as oportunidades que o projeto vai criar para o município.  

De acordo com Fernando Quinto, o projeto traz perspectivas positivas para a área empresarial:

- Estamos aqui para apoiar a vinda deste polo tecnológico, uma unidade da Universidade Federal Fluminense, para a nossa cidade de Cabo Frio, por entender que movas portas de capacitação vão se abrir para alunos e profissionais na área de engenharia. É uma área muito estratégica, tanto para o nosso município como para o nosso estado e todo o país. Assim, o empresariado anseia por esta demanda e apoia esta iniciativa da Prefeitura, da Universidade e do Estado. 

 Dados gerais sobre o projeto elaborado pela equipe da UFF
O projeto, apresentado pelos representantes do curso de Produção de Engenharia da UFF – Polo Rio das Ostras, tem o objetivo de criar em Cabo Frio um Parque Tecnológico. Isso significa uma concentração geográfica de instituições e empresas que vão promover conhecimentos através de pesquisas científicas, ou seja: as empresas usam os conhecimentos gerados pela Universidade e, inclusive, cria novos produtos. Por sua vez o governo faculta a concretização do projeto através de verbas e de incentivos fiscais.

Entre os benefícios dessa fusão – universidade, empresariado e governo – estão: geração de renda e de receita; estímulo à formação e capacitação de pessoal qualificado; aumento da oferta de trabalho e, consequentemente, da qualidade de vida local. O projeto também prestigia a ampliação da cadeia de ensino técnico com a continuidade da graduação através de pós-graduações como mestrados e doutorados. Também se inclui neste contexto o aumento de dinheiro circulante no município, em vários setores (imobiliários, comercial e de serviços) que serão dinamizados com a vinda de alunos, professores e funcionários para residir na cidade.         

Após um levantamento feito em 2010 no eixo Campos de Goytacazes – Cabo Frio, a Escola de Engenharia da UFF propõe inicialmente três cursos: Produção de Engenharia, Engenharia Civil e Engenharia Mecânica. A pesquisa considerou o setor offshore ligado ao petróleo, ao gás e ao pré-sal, bem como os novos centros de desenvolvimento, um deles o de Itaboraí. Como complemento e devido à ênfase na inovação e na criação através de estudos e pesquisas, será criado um Escritório de Propriedade Intelectual (patentes, etc.). 

Somando-se às cinco instituições de nível superior existentes em Cabo Frio – Ferlagos, Estácio de Sá, UVA, UFRJ e IFF – as instalações da UFF atenderão cerca de 1.500 alunos, dispondo de 90 professores e 34 funcionários. Com 27 laboratórios, o projeto ocupará uma área de 5.200 m² com um investimento de R$ 8 milhões (m² a R$ 1.500,00).

Texto e Foto/Sylvia Maria (Noticiário dos Lagos – 19.01.12)

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Exposição e aula de artesanato na praça

Três artesãs – Enyr, Juliana e Rosângela - do tradicional bairro da Passagem, em Cabo Frio, estão ministrando aulas gratuitas de artesanato na Praça da Melhor Idade, no final da Avenida Assunção, graças ao espaço oferecido pela UNI-Amacaf na pessoa do seu presidente Bené Ribeiro.  .

Os cursos são realizados nas segundas e sextas-feiras, das 15h às 17h, e oferecem aulas variadas. Enyr é responsável pelos variados bordados, incluindo um ponto indiano exclusivo. Juliana desenvolve um trabalho com bijuterias e caixas adornadas com flores em escamas de peixe, também presentes em colares e pulseiras. Rosângela é especializada em bijuteria de tear. Além desses artigos, a exposição também oferece toalhas, aventais e chapéus.

 A atividade é bastante descontraída, destaca Enyr, basta a interessada chegar no horário e se apresentar. Uma das vantagens, cita ela, é o aspecto lúdico e socializante das aulas. Uma das alunas, por exemplo, passava por um momento difícil e participar das aulas foi muito positivo para diminuir o seu estresse.

Aproveitando a boa oportunidade para divulgar o seu trabalho, nos dias em que chegam os transatlânticos as artesãs montam uma exposição dos seus produtos ali mesmo na praça. Vale conferir e participar das aulas!

Texto e foto/Sylvia Maria (Noticiário dos Lagos - 17.01.12)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Associações de Moradores terão seu próprio programa na TV


Ontem, entre 10h e 12h, a direção da UNI-Amacaf abriu os trabalhos de 2012 realizando uma reunião no auditório da OAB-Cabo Frio. O primeiro encontro do ano reuniu presidentes e representantes de várias Associações de Moradores (45) afiliadas à UNI-Amacaf, como: Tangará, Angelim, Parque Central, Amadunas, Guarani, Vila Nova, Morubá, Boca do Mato, Parque Arruda, Jardim Peró, Botafogo, Reserva do Peró, Novo Rumo, Nova Califórnia e Cajueiro, além da Associação de Nordestinos e Amigos de Cabo Frio e CONAM – Conselho Nacional de Associações de Moradores.

Tomando inicialmente a palavra, o presidente da UNI-Amacaf, Bené do Village, saudou a todos e chamou a atenção sobre um fato desagradável que está ocorrendo, sobretudo na mídia social blogueira, que divulga situações comportamentais por parte das Associações de Moradores e seus dirigentes que, segundo ele, são inexistentes.

A seguir, Bené anunciou a inauguração do programa “Força Comunitária” em uma tevê a cabo local, a Jovem TV Cabo Frio, na próxima segunda-feira, dia 9, às 14h. Segundo o cronograma, o primeiro programa será para a apresentação dos presidentes das Associações. No dia 16, o presidente Bené enfocará os objetivos do programa e suas propostas, além de fazer colocações sobre a própria agenda da UNI-Amacaf para 2012.  O terceiro programa, em 23 de janeiro, terá uma mesa redonda composta por líderes comunitários. No dia 30, o programa iniciará a participação de presidentes e diretores das Associações que terão a oportunidade de falar sobre problemas, eventos, cursos e campanhas (vacinação, etc.) em suas comunidades, bem como sobre soluções que encontraram para resolver positivamente determinadas situações. Bené encerrou alertando que “não se deverá levar situações políticas para dentro do programa”.

Antes de passar a palavra aos presentes, de forma democrática, Bené insistiu na necessidade de uma maior união entre as Associações, visando o bem estar comum. Segundo ele, às vezes a experiência vivida e solucionada por uma Associação pode servir de modelo para outra comunidade em posição semelhante, precisando apenas de pequenas adaptações. Ele também insistiu no reconhecimento, pelas próprias Associações, da sua importância no cenário do município. “Muitas vezes – ressaltou ele - as soluções são encontradas independentemente de ajuda da administração pública”.

Em relação ao programa, Laura Brinckmann, presidente da Amadunas e diretora geral da UNI-Amacaf, destacou o grande passo que ele significa para as Associações: “É importante sermos mais vistos, mais lembrados. A união, na prática, como deseja o nosso presidente Bené, é muito difícil, mas não impossível”.

A presidente Valéria, com certo otimismo temperado por bom senso e realidade, resumiu o dia-a-dia de uma Associação: “todos os dias temos luta, mas também temos vitórias”.

Já Caé, presidente da Associação da Reserva do Peró, definiu em poucas palavras a sua visão do “Força Comunitária”: “O programa, na tevê, não é para se aparecer ou para fazer política. É para falar do seu bairro, das Associações. Somos nós que temos este conhecimento”.

Vários presentes foram ao microfone explicar que suas comunidades não captam as tevês a cabo, sobretudo no 2º Distrito, mas foram tranquilizados por José Maria Brinckmann, da direção da UNI-Amacaf.  Ele informou que o blog  http://cabofriolegal.blogspot.com transmitirá o programa através de um link que está sendo providenciado. Com esta iniciativa, as pessoas terão a alternativa de acompanhar o “Força Comunitária” pela internet.


Presença da Secretaria Municipal de Assistência Social

Por solicitação do presidente Bené à secretária Olívia Sá, a última parte do encontro contou com a participação dos assistentes sociais Glauci Laurindo Athaíde e Eduardo Alcon Meyer, da Secretaria Municipal de Assistência Social.

 A técnica Glauci falou sobre os projetos e programas sociais que são desenvolvidos pela Secretaria, junto às comunidades mais carentes. Cada um foi detalhado, inclusive quanto à faixa atendida, devido às diferenciações presentes nas situações de carências. Segundo Glauci, “o atendimento prioriza famílias à margem da sociedade que vão receber o encaminhamento para que possam fazer jus ao benefício indicado ao seu caso”.

O Bolsa Família e demais projetos e programas estão disponíveis, desde que as pessoas se cadastrem junto à Secretaria. Isso pode ser feito em um dos sete CRAS ou no Centro de Acolhida, na sede da própria Secretaria, localizada na Prefeitura do Braga. 

Também foi destacado o papel do plantão, nos finais de semana, para atendimento a situações emergenciais, como é o caso de enchentes e desabamento, entre outras ocorrências. Além de atender pelo telefone nº 9242-1444, o plantão conta com uma viatura disponível.

Como o assunto trouxe à memória de vários presentes os maus momentos que passaram em dezembro de 2010 e janeiro de 2011, quando chuvas torrenciais e fortes ventos castigaram o município, sobretudo os bairros Tangará e Jacaré, o técnico Eduardo lembrou que nesses momentos difíceis para os moradores, apesar de a Assistência Social providenciar a remoção das famílias para locais seguros, muitos recusam deixar as suas casas com medo de perder o pouco que lhes restou. Nesses momentos, é comum aparecerem pessoas desonestas que tiram proveito da calamidade alheia para praticar furtos.

Ainda em relação a janeiro 2011, Glauci destacou que, até o presente momento, ou seja, um ano depois, algumas famílias ainda usufruem do “aluguel social” providenciado pela Secretaria.


Texto/Fotos/Sylvia Maria (Jornal Noticiário dos Lagos – 05.01.12)
1. Maria do Socorro, vice-presidente da Associação do Tangará e Bené do Village, presidente da UNI-Amacaf

2. Glauci Athaíde e Eduardo Meyer, assistentes sociais
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